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O Relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” (SOFI, 2025)

O Relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” (SOFI, 2025), da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), mostrou que o Brasil saiu do Mapa da Fome no triênio 2022-2024.

O indicador do Mapa da Fome é chamado de Prevalência de Subalimentação (PoU, na sigla em inglês). O PoU considera a quantidade de alimentos disponíveis no país (“saldo” entre produção, importação e exportação), as diferenças na população de capacidade aquisitiva para comprar alimentos e a quantidade de calorias/dia adequada para uma pessoa ter uma vida saudável.

O PoU estima como a quantidade total de alimentos se distribuiria entre a população, considerando que essa distribuição não é igualitária, mas varia com a renda das pessoas. A partir dessa distribuição, é calculado o percentual da população que não teria acesso a alimentos em quantidade suficiente (kcal/dias). Se o percentual ficar acima de 2,5%, o país está no Mapa da Fome. A FAO sempre calcula esse indicador como uma média trienal (dos últimos três anos).

O SOFI 2025 registra que a média 2022/2023/2024 do PoU para o Brasil ficou abaixo de 2,5%, mesmo com o ano crítico de 2022. Por isso, o país saiu do Mapa da Fome!

Ao longo dos dois primeiros mandatos do presidente Lula, a prevalência de subalimentação veio se reduzindo até alcançar, no triênio 2011-2013, já no governo Dilma, o patamar abaixo de 2,5% que fez o Brasil sair pela primeira vez do Mapa da Fome. O resultado refletiu o esforço de quase dez anos de políticas sociais de combate à fome. Voltamos ao Mapa no triênio 2019-2021. Mas já em 2023 começamos a retomar a trajetória de superação que, no triênio 2022-2023, levou o país a sair, pela segunda vez, do Mapa da Fome.

Prevalência de Subalimentaçao (PoU), em % e milhões de pessoas. Brasil, 2000/2002 a 2022/2024.*
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O Relatório SOFI mostrou ainda os resultados da Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES). A escala FIES é composta por oito perguntas, que classificam a população em três níveis de insegurança alimentar: segurança alimentar, insegurança alimentar moderada (quando a incerteza de poder comprar alimentos leva as pessoas a reduzir a qualidade ou a quantidade de alimentos consumidos) e insegurança alimentar severa (quando a falta de dinheiro leva as pessoas a ficar sem comida suficiente em casa ou, em caso extremo, a passar um dia sem comer). As respostas se referem aos últimos doze meses.

Os dados mostram que, entre 2020-2022 e 2022-2024 – trajetória que abrange dois anos do atual governo – cerca de 11 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar severa e cerca de 18 milhões deixaram de estar em insegurança moderada ou grave. É importante frisar que o dado trienal de 2022-2024 contabiliza ainda os altos índices de insegurança alimentar captados em 2022. Mesmo assim, dois anos de governo Lula já acumulam uma redução muito expressiva da insegurança alimentar severa.

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O Relatório da FAO também traz dados sobre o percentual de pessoas que podem pagar por uma alimentação saudável no país. Os resultados mostram que, em 2021, 29,8% da população não tinha recursos para pagar uma alimentação saudável; em 2024, esse índice era de 23,7%. Ou seja, mais pessoas no Brasil passaram a ter condições de pagar por uma alimentação saudável, segundo a FAO. Comparando os números de 2021 e 2024, pode-se dizer, entre esses anos, 12 milhões de pessoas passaram ter condições de arcar com o custo de uma alimentação saudável.

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Esses resultados expressam o cumprimento de um compromisso central do governo Lula, que assumiu, desde os primeiros dias do mandato, a meta de tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome. Foi com esse objetivo que o governo lançou o Plano Brasil Sem Fome. Essa meta foi alcançada com apenas dois anos de governo. Agora o compromisso é fortalecer o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), para que o enfrentamento à insegurança alimentar seja uma tarefa permanente e intensiva, coordenada a partir da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), a fim de que o Brasil nunca mais volte ao Mapa da Fome.

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